Páginas

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Escolas de surf incluem esporte na vida de crianças e jovens — Portal dos Direitos da Crianca e do Adolescente

Por Catavento, organização integrante da Rede ANDI Brasil no Ceará
A menina Larissa dos Santos, de 11 anos, acabou de vencer o Circuito Petrobrás de Surf, realizado na praia do Tombo em Guarujá-SP. Além do título na categoria “Grommer”, até 12 anos, a atleta desbancou outras competidoras mais experientes e conseguiu o vice-campeonato na categoria infantil com atletas de até 16 anos.

Assim como Larissa, outros atletas de destaque no surf cearense passaram pela escolinha de surf do Titanzinho, no Bairro Serviluz, em Fortaleza. “O Titanzinho tem as melhores ondas para treinamento de Fortaleza. As ondas grandes e fortes daqui deixam os atletas mais preparados para os circuitos nacionais”, expõe Flávio Sukita, pai de Larissa, também surfista e professor de surf da escolinha do bairro.

Larissa cursa a 6ª série na escola municipal Profº Álvaro Costa e, se depender da família, vai precisar se esforçar para conciliar estudo e esporte. “O esporte é muito bom para minha filha, mas a vida de um atleta é curta. O estudo é algo que ninguém pode tirar dela, é para sempre. Quero que ela tenha oportunidades que não tive”, explica Flávio. É necessário lembrar que o esporte e o lazer são direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Artigo 59 que afirma: “Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.”
No Rio de Janeiro, o projeto Favela Surf Club, também mantém uma escolinha que acolhe cerca de 180 crianças e adolescentes a partir de seis anos de idade, contando com 15 instrutores, todos voluntários. As aulas de Surf acontecem nas praias do Arpoador, Copacabana e Ipanema e as crianças são provenientes das comunidades de Pavão Pavãozinho e do Cantagalo.
Rogério Silva, um dos coordenadores do projeto afirma que o Favela Surf Club contribui, além da aprendizagem do esporte, para outra questão: “Não temos estrutura para formar um atleta, mas contribuímos para a formação cidadã da meninada”. Além da escolinha, o projeto mantém também um galpão para a reforma de pranchas velhas que são reutilizadas nas aulas. Ano passado o Favela Surf Club participou do quadro “Lar Doce Lar”, no programa Caldeirão do Huck da Rede Globo de Televisão e ganhou uma ampla reforma do espaço.
O projeto sobrevive de doações de material de surf usado que é reformado. Uma parte desse material é utilizado pelas crianças e a outra é vendida para pessoas de fora da comunidade, o que garante a sobrevivência do projeto.
Na região Sul, em Balneário Camburiú, Santa Catarina a Escolinha de Surf foi criada em 1997 e é mantida pela Prefeitura da cidade. Só no ano passado atendeu 515 crianças da rede municipal de ensino.
O coordenador do projeto, o professor de educação física Luiz Alessandro Meneghelli explica que as crianças aprendem, além das técnicas de surf, princípios básicos da natação, cuidados com os perigos do mar, sinalização marítima (como bóias e bandeiras), correntes marítimas, etc. “Nosso projeto não visa à competição. É prioritariamente um projeto de inclusão social. A vivência do esporte e tudo que o envolve como socialização e espírito de equipe é o mais importante”, explica Meneghelli.
Mais informações:
Rogério Silva, coordenador do Favela Surf Club - (21) 8806-0669 e contato@favelasurfclub.com.br
Flávio Sukita, professor de surf na escolinha do Titanzinho - (85) 8867 3641 e (85) 8502 9237
Fabrícia Prado, assessora de comunicação da Prefeitura de Balneário Camburiú –

(47) 3267-7000.

Fonte: Portal dos Direitos da Crianca e do Adolescente

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rede Social